segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Uma Aventura no Ministério


A Isabel Alçada é ministra da educação, já viram? Estou chocada - e não só por ser das primeiras vezes que ouço o nome da Isabel Alçada sem ser precedido das palavras «de Ana Maria Magalhães e...». Não estão cheios de vontade agora de ter a Alice Vieira como ministra da cultura? E o Vasco Granja como ministro do trabalho e da solidariedade social? E o Quino como ministro da economia? E a Enyd Blyton como ministra do ambiente e do ordenamento do terrítório?


É a vantagem de se ter sido puto em meados dos anos 80 em Portugal, havia destes anacronismos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A Superação do Almoço pela Análise Lógica do que Diz a Senhora do Lado


Num opúsculo chamado A Superação da Filosofia pela Análise Lógica da Linguagem, Gottlob Frege postula que toda a Filosofia, sobretudo a Ontologia, não passa de uma falácia lógica baseada numa substantização indevida de elementos essencialmente linguísticos. Dito de outra forma: a Ontologia está toda mal porque pensa que há coisas que não há. Segundo Frege, a Ontologia assenta toda ela no conceito de Ser, conceito esse que, não correspondendo a nada de verdadeiro e exeistente, não pode ser base de ciência alguma. A Filosofia, diz ele, basicamente, mais valia estar a estudar unicórnios ou o sexo dos anjos, em termos de resultados cientificamente viáveis e/ou práticos. Um exemplo que Frege dá da incorrecção do conceito de «ser»: quando se diz «está a chover», ninguém se lembra de perguntar «quem» ou «o que» é que está a chover. O estudo da ontologia é mais ou menos como fazer essa pergunta: presumir a existência de algo quando ela não... existe. Pois. A Ontologia, a sério, é uma tripe.

Ora, hoje ao almoço a senhora que estava sentada ao meu lado, que não era de Ontologia, acho que é da tesouraria, mesmo, refutou Frege e toda a escola da Filosofia Analítica de um só golpe. Ela disse:

«Hoje o tempo vai chover.»

E embrulha!