E achava eu que isto ia mal...
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Credo!
E achava eu que isto ia mal...
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Pr'aligeirar
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Nos Campos da Flandres
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
A Kid With a Funny Name
Hoje no New York Times o Frank Rich escreveu um artigo muito interessante (ao contrário do que faz toooodas as semanas nesse mesmo media, e por isso é que é um dos cronistas mais respeitados dos EUA, duh):
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Maybe this time...
http://www.youtube.com/watch?v=E3rkLRJ0m0k
It had to happen, happen sometime! Não era?
Dear Mr. Obama
http://www.youtube.com/watch?v=FloYqohi6Xk
Pele de galinha e suspiros de tonta. Ele é o Clark Gable, é um Mac, é um Fiat 500 (novo), é uma ideia do Steve Jobs - e é o 44.º Presidente Eleito dos EUA.
sábado, 4 de outubro de 2008
Nem Tanto ao Touro, Nem Tanto ao Urso
Há dias li este artigo no New York Times acerca de um editor lendário (a ver se consigo pôr o link, este blogue anda parvo, deve ter um hedge fund da Goldman Sachs e anda meio avariado). Não sabia que ele era lendário até ler o artigo e ver que tinham feito um documentário sobre ele. Se é sujeito de um doc., pensei logicamente, devia ser lendário. Mas ao que parece o senhor era mais ainda que lendário: era aquela coisa muito admiravelmente americana, um «maverick». Publicou Genet, Henry Miller e D. H. Lawrence. Bons tempos em que se podia ser só um erotómano vagamente misógino para se ter um trabalho interessante e emocionante. Em que não se tinha de passar oito horas por dia à procura do próximo Segredo, Rio das Flores ou Alquimista. Não pensem que estou a dizer isto com a amargura de quem já recebeu dezenas de cartas de rejeição de editores e se considera um génio ignorado; digo isto com a amargura de quem passa dezasseis horas por dia à procura do próximo Segredo, Rio das Flores ou Alquimista. Ou do próximo «ensaio» sobre crianças mortas/raptadas/desaparecidas. Se existisse um um autocolante a dizer «I'd rather be publishing obscure avant-garde», punha-o no meu carro, podem ter a certeza.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Não é Jeff Koons mas Podia Ser
Não, a sério, isto é que achei estranho: dois pastores da Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias a passear por Versalhes! (O outro estava na sala de jogos do Delfim - na sala de jogos do Delfim, por amor da santa!)
Habsburg Chic
Por capricho, compulsão ou acaso, tenho várias biografias de Maria Antonieta. A minha favorita, de longe, é o biopic de Sofia Copolla. Não é a biografia mais exacta, claro, mas parece-me que captura perfeitamente o seu espírito; pode não retratar aquilo que de facto foi a rainha dos franceses também conhecida como Madame Déficit, mas retrata perfeitamente aquilo que ela poderia ter sido. Foi também com esse filme que descobri que todo o meu humor, mas absolutamente todo, repousa em um só artifício: o anacronismo. Falem-me de um pirata a usar um telemóvel ou de um centurião romano com um perfil no Facebook e eu rebolo de riso. É um pouco assustador descobrir isso; é um pouco como descobrir que se tem toda a fortuna investida em, digamos, acções. Vive-se num temor permanente do próximo crash.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Like That Shit Is So Old, It Was In the Bible
E esta foi a frase que fez com que tocassem a rebate os sinos da minha cabeça:
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
My, My, How Can I Resist You?
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
It's just what WOULD Happen
Há dias, estava a arrumar umas coisas antes de sair de casa e tinha a televisão ligada na Oprah. Há quem ouça música de fundo, há quem cante no chuveiro, eu gosto de ouvir a Oprah de fundo. Mas, neste dia, ela tinha um convidado a fazer uma palestra, Aliás, uma lição. Com powerpoint, o que é logo um excelente começo. Enquanto confirmava se tinha as chaves de casa e se o telefone tinha bateria e se a janela estava fechada, ouvi este tipo exultar as vantagens de viver a vida em cheio, em pleno, com um sorriso no rosto e um sol no céu, fazendo limonada quando a vida nos dá limões, e vivendo cada dia como se fosse o último.
Everybody crowds around so in this Forest.
There's no Space.
I never saw a more spreading lot of animals
in my life, and in all the wrong places.
One can't complain. I have my friends.
Someone spoke to me only yesterday.
Eeyore é uma lembrança viva e jerica da natureza complexa da felicidade. Vivemos numa sociedade que tenta industrializar o bem-estar: temos fórmulas, receitas e instrumentos para sermos felizes e realizados e, como a oferta cria consumo, sentimo-nos na obrigação de os pôr em prática. Há um livro engraçadíssimo a respeito, Against Happiness, de Eric Wilson, que aconselho vivamente. Nele, o autor salienta as virtudes da melancolia como contrapeso à obsessão pela felicidade.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Romani Ite Domum (as pessoas chamadas romanos entram dentro de casa)
"All right, but apart from the sanitation, the medicine, education, wine, public order, irrigation, roads, a fresh water system, and public health, what have the Romans ever done for us?"
Já viram que, desta lista de benesses adquiridas através da colonização, não se menciona uma única vez A Sandália Romana?
Estão a ver como o Povo da Judeia, que é sempre representado vestido com uma variedade de confecções elaboradas de serrapilheira e com um corte deliberadamente sacodebatatesco, ainda assim tem o bom fashion sense de não considerar a sandália romana uma coisa positiva?
Então, o que é que aconteceu?
Como é que se decidiu recuperar, como acessório, um modelo de calçado que faz pneus nas pernas e só poderia racionalmente ser admirado por adeptos do bondage mais extremo?
Quero exortar os leitores deste blogue (ambos os dois) a fazer o seguinte, em nome do bom gosto e do bom senso: quando virem alguém com sandálias romanas calçadas, puxem-lhes as orelhas, arrastem-nos até ao muro mais próximo e obriguem-nos a escrever, em latim, "não volto a usar sandálias romanas", cem vezes.
Para que aprendam.
sábado, 19 de julho de 2008
The L Girl
Pois não sei, faltam-me as palavras e as lágrimas quase me correm pelo rosto abaixo.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
True Story
Há uns meses atrás, a PEF (Pequena Empresa Familiar) onde eu trabalho foi comprada por uma GMI (Grande Multinacional Importante). Foi uma união feliz e desejada por ambas as partes, um pouco como o casamento da Duquesa do Cadaval com o Príncipe de Orleans: uma coisa bonita que fica bem num spread da Vogue e que, embora inevitavelmente acabe também nas páginas da imprensa cor-de-rosa, faz todo o sentido financeira, genealogica e sentimentalmente. A única falha nesta comparação é que, como todos sabemos, os executivos das GMI são, ao contrário dos aristocratas e monarcas sem trono dos nossos dias, plenipotenciários. Um Orleans ou um Bragança pouco mais pode almejar que trazer visibilidade a algumas boas causas e/ ou acenar à distância num raro casamento real, enquanto que os executivos das GMI vivem em casas palaciais, trabalham em instalações palaciais, compram arte, são mecenas de tudo e mais alguma coisa e, caso desejem, podem mandar executar, das mais diversas e criativas formas, quem bem entenderem. Para além disso, mais ou menos governam o mundo, ao contrário dos AMST (aristocratas e monarcas sem trono). Enfim, plus ça change...
Quem quer casar c' Carochinha?
domingo, 6 de julho de 2008
IT'S ALIVE
É VERDADE!
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Birthday girl
quinta-feira, 24 de abril de 2008
As Coisas Como Elas Não São
sexta-feira, 4 de abril de 2008
A Minha Vida Dava Um Episódio-Piloto
domingo, 23 de março de 2008
quinta-feira, 20 de março de 2008
Trash and Treasure
quarta-feira, 12 de março de 2008
«Já ninguém lá vai, está sempre cheio»
sexta-feira, 7 de março de 2008
As Mulheres
«Ele era capaz de partir um côco com os joelhos, se conseguisse fechar as pernas»;
Vamos admitir que o cinema contribui, ainda que de forma marginal, para a construção do imagético social de género. Assim sendo, The Women de 1939 era uma afirmação do ideal feminino da sua época, uma espécie de cápsula do tempo que diz às gerações vindouras: «Estas são as mulheres de hoje: educadas, sofisticadas, inteligentes, engraçadas, complexas, profundas. Fabulosas a cada frame.» Feitas as devidas ressalvas e tomando em conta o câmbio do dia do glamour (um cêntimo do glamour de Cukor dava para comprar cem starlets dos nossos dias), o cast de The Women de 2008 é embaraçoso. Não são mulheres, são meninas. Nalguns casos, meninas com grandes implantes nos lugares certos, mas meninas ainda assim. Incapazes de um gesto mais magnífico que o beicinho, de uma expressão mais complexa que o morder o lábio inferior tremelucente. É como se este filme tivesse sido feito 70 anos antes, e não depois,do original. É um premake.
A crescente infantilização da mulher é preocupante. Não estou só a falar de celebridades cada vez mais novas, de mulheres que só pegam num livro se a Oprah mandar, que com idade para terem juízom ainda fazem beicinho ou que gastam metade do salário em sapatos. Nem sequer estou a falar de como o ideal da fada-do-lar se está a insinuar lentamente no seio da nossa cultura. Estou a falar de como passámos deste estado (ver foto acima)